Os limões da tequila. A tinta da caneta. As paginas do livro. E o açucar do café!

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Auto analise sobre interesse ao corpo do lado.

Estou interessada pelo carinha que mora logo ali. Não estou apaixonadinha ou encantada, só interessada. Temos uma parte psicologica em comum eu diria, não sei bem, há algo nele que de alguma forma me chama atenção. O fato é: Ja provei!
Mas e quando surge aquela vontade de provar denovo?
Não somos amigos. Conhecidos é uma palavra que se aplica melhor. Conversamos esporadicamente, e eu não sei se ja percebeu algo ou não, mas mesmo sem querer acho que acabo deixando escapar vestigios do meu interesse subentendido.
Queria sentir minhas mãos naquele corpo, percorrer cada parte, apertar todos os lugares em que sentisse vontade. Ele tem uma mente suja, cara de mal e coração de menino, meu radar apita pra esses tipos. São perigosos e o perigo é excitante.
E eu poderia me excitar por ele facilmente, eu diria que ele me teria facil. Um olhar, um toque e quase posso sentir como meu corpo se arrepiaria. Por vezes parece que ele da alguns sinais tambem, mas não sei ao certo qual é a linha limite da minha paranóia.
Bem, eu posso continuar com minhas indiretas, posso me comportar dando "oi" e um beijinho no rosto, quando na verdade tenho vontade de rasga-lo inteiro.
Bem, eu posso tentar de uma próxima vez.

O lado que não nos deixamos ver.

Era 31 de dezembro. Fui com uns amigos a cidade vizinha, encontrar outros amigos para passar a virada de ano. A maior avenida da cidade era fechada por tradição, era gente indo e vindo, havia um lugar para os carros e cada um com o porta-malas aberto, trazia caixas termicas com bebidas, aperitivos e o que mais fosse possivel. Ficavam todas abertas, nos carros enfileirados e ninguem mexia na caixa alheia, alguns levavam banquinhos, cadeiras, outros preferiam só caminhar de um lado a outro, era virada de ano, se podia tudo. O som era alto, vindo de todos os carros, praticamente impossivel reconhecer um unico som, todas as músicas tocavam juntas, vc mal conseguia ouvir o som que saia da propria boca,se não gritasse o suficiente até doer as cordas vocais pra falar com alguem que estava bem ali do seu lado. Mas ninguem reclamava, tudo bem, todo mundo estava feliz, você conhecia pelo menos metade ou ate mais que isso das pessoas que estavam ali, era uma tradição, era uma festa, as pessoas dançavam enquanto garrafas de champagne eram abertas e se via tampinhas voando junto com gritos de comemoração. Mas havia um momento em que aquela multidão se calava. Sim, por incrivel que pareça, todos se silenciavam, ate os carros, para em unissono fazer a contagem regressiva. BAM! Explosões coloridas de todos os lados, arco iris feitos de estouros em pleno céu negro, abraços, felicitações, idai que você não conhecia alguem? Todo mundo se abraçava como se fossem velhos amigos mesmo assim. O barulho ensurdecedor voltava mas parecia que aquele, era um momento de paz no mundo. Não importava se era criança, jovem, idoso, todo mundo dançava no meio da multidão, não havia vergonha, era uma felicidade estampada. Ja era praticamente manha, e se podia ver o sol apontar ao longe, o céu negro estava a pouco tempo de se tornar azul novamente. Estavamos exaustos, cansados, descabelados e bebados. Resolvemos sair dali e ir ha algumas ruas acima, para tomar café da manhã em alguma padaria e depois ir pra casa e dormir o dia inteiro. Pegamos nossos lanches, sucos e refrigerantes e fomos nos alimentar nas mesinhas simpaticas que haviam numa pracinha em frente a padaria. Estavamos famintos, mas ainda sorriamos, só por estarmos ali em presença uns dos outros. Sabe aquele ditado "tem o olho maior que a barriga"? Pois bem, caberia perfeitamente a nós que compramos mais do que achamos que comeriamos, nunca achei certo jogar comida fora, é um pecado! Arrumamos td encima do papel em que vinha embrulhado, fechamos o refrigente que tbm havia sobrado e jogamos numa lixeira proxima, colocamos o papel com as sobras dos lanches num cantinho, perto de um pilar, para que algum cachorro de rua tivesse a sorte de encontrar. Fomos embora, cantarolando. Duas ou três esquinas á frente, ouviamos um burburinho, como uma comemoração, chegamos a comentar " tem gente com pique festejando ainda e nós aqui morrendo " e rimos. Olhamos pra trás, pra ver se conheciamos alguem e paramos de rir no mesmo instante. Toda a felicidade que haviamos carregado a noite e parte da manhã toda, se desfez no chão naquele momento, olhavamos uns para os outros incredulos. Sim, havia uma comemoração de um pequeno grupo de quatro pessoas, mas não festejavam a virada de ano, festejavam o encontro com alimentos, o fim do barulho angustiante de suas barrigas vazias. Estava ali, uma familia, um pai, uma mãe e dois filhos pequenos, não deviam ter mais que cinco anos, sentados no chão, comendo apressada e desajeitadamente, o que nós haviamos arrumado para a sorte de algum cachorro. Mas a sorte ( se é que se pode chamar assim ) foram daquelas pobres quatro pessoas. Vi meus olhos se encherem d'agua mais rapido do que o sorriso que havia saido de nossos rostos, vimos a criança maior pegar a garrafa de refrigerante e naquela felicidade inocente dizer: " Olha mãe, refrigerante! " e quatro sorrisos surgiram. Era ano novo, e eles estavam felizes. Naquele momento. Mas, e enquanto estavamos todos festejando, bebendo, dançando, onde será que eles estariam passando a madrugada da virada? Revirando lixos, sozinhos em alguma esquina qualquer com suas crianças chorando por sentirem vazio no estomago e nao saberem ao certo porque estão sentindo aquilo, ou porque não podem "curar" aquilo com comida, quando vêem que todos o fazem? Não tem como sabermos. Sabemos que essa outra parte de realidade existe, bem ali na nossa frente, mas quando voce realmente vê como é, te faz mudar todo um conceito de vida. Seguimos em silencio, vez ou outra fazendo um comentario sobre algo, e voltando ao silencio que nos arrebatava ferozmente no caminho para a casa de um tio, onde dormiriamos para ir embora no dia seguinte. Chegamos e havia um farto café da manha á nossa espera. Não comemos. Não apenas porque ja haviamos feito isso a algumas horas atras, mas porque por infintas horas, aquelas cenas não saiam de nossas cabeças. Estavamos exausto e nosso corpo pedia descanço. Eu o fiz antes de pegar no sono, e creio que eles tambem fizeram. Agradecemos fortemente em silencio pela cama, cobertor, teto e a mesa farta que ainda estaria ali quando acordassemos. Agora, era 1 de Janeiro. Inicio de um novo ano. Inicio de uma nova visão e forma de vida.

E se estivesse chovendo? E se não tivessemos comprado comida a mais ? E se tivessemos apenas jogado no lixo ?

Agradeça tudo o que você tem. Doe o que achar que não lhe serve mais. Ajude. Ampare. Observe tudo o que tem, e veja se realmente tem do que se queixar, e se por um momento o fizer sem pensar, como sempre acabamos fazendo. Desculpe-se. Desculpe-se a si mesmo.

As pessoas e o mundo, as vezes parecem ( e são ) tão crueis, e parecem querer testar sua resistencia a dor, embora saibam que você não pode ser tão forte assim, por mais que tente aparentar. E por vezes, parece que o mundo só aponta e ri. E na verdade o ato em si, não importa muito, porque não se precisa ligar pra quem ri, mas a causa do riso é o que te corta ao meio.

É quase tão inutil, tentar encontrar um lugar onde a fraqueza pode ser a nossa força, quando você quase não crê mais nisso, e é tão devastador o quanto os outros podem definhar a sua linha de confiança para o mundo e para si mesmo, e não falo sobre covardia ou força insuficiente ou do que seja que você queira chamar, mas a devassidão é tamanha que te torna paralitico para qualquer tipo de reação auto suficiente que você deveria tomar.

E você pensa o quanto não deveria se importar com aquilo, e deixar afundar ate que fique fundo o suficiente que você não consiga mais ver, sentir, ou saber que existiu, mas não tem como ignorar algo que ja se tornou parte de você. Como se você estivesse uma vida inteira destinado aquilo, e a crueldade do mundo fosse algo aclopado ao seu ser, e você não pudesse se desligar de qualquer forma, porque na verdade, não seria ninguem melhor sem isso.

Por vezes, você pode pensar que esse é o motivo da sua força, aquilo que te faça levantar todos os dias da cama, para encarar um novo dia, só pra provar que sim, você pode levantar duas vezes, pra cada vez que lhe socam a cara. Mas por vezes, eh besteira demais, manter uma fé de que se esta de pé novamente, quando você só consegue se erguer aos joelhos.

E o que fazer quando você da todo seu oxigenio pra fazer as chamas começarem e nunca parece o bastante ? E porque voce acreditaria na esperança, quando tudo que ela faz, é vir rastejando tão distante ? E o que você precisa fazer pra se sentir inteiro, quando levaram sua metade tão injusta e covardemente ?

E por vezes, parece que as histórias ficticias dos meus livros, são as unicas coisas reais em que eu posso tocar.

A marcadora de horas

E ela passava por mim, todos os dias. Os mesmos olhos baixos, as mesmas bolsas embaixo deles, a mesma pele frágil e funda, como as de quem ja construiu oceanos particulares atraves dos anos, era a mesma todos os dias. Ela sempre esta voltando e nunca vi a estrutura do seu sorriso, creio que ela nunca tenha visto o meu também. Todos os dias em que ela passa por mim, com sua pressa inquietante, eu penso, como seria o dia em que não passará. Sempre a mesma, sempre o mesmo horário, a mesma rua, eu acho que a uso, sem que ela saiba, a marcadora de horas dos olhos tristes. O que será que ela pensa enquanto eu a observo? Será que corresponderia o meu " Olá" ? Será que ela é como eu, ao chegar em casa, espera uma chamada no telefone ? Será que aqueles olhos ainda escorrem, como eu sei que escorriam a alguns anos atras? Será que ela ainda pode ?
Pezinhos inquietantes e o jeito de quem fora uma moça comportada, embora não tenha achado algum sentido nisso. Não sei de onde vem, ou pra onde vai, mas ela esta sempre ali. Poderia ser invisivel, se não fosse a marcadora de horas, e cada vez que ela passa, eu posso sentir em mim a tristeza que aqueles ombros carregam. Será que ela sente a minha? Aqueles olhos nunca se erguem e a cada dia parece que aquela pele cria mais marcas, mais demonstrações de que superou um novo dia, eu não sei em quantos mais amanhãs nós iremos ter encontros silenciosos, mas talvez se um dia eu disser um "ola" baixinho, talvez aqueles olhos se ergam e eu posso ver quais cores eles têm, ou talvez amanha, ela mude o rumo, talvez eu não a veja mais, talvez ela pareça tão invisivel ao movimento ao redor, por passar só por mim.
Talvez ela não esteja indo e nem vindo, talvez apenas passe a vida ali, parada no mesmo lugar, esperando que minha boca emita algum som, que seja um "oi", talvez esteja esperando apenas, que eu erga os meus olhos tambem.

Sobre a carga literária

Háááá! Mamíferos, o Tequila em suas batidas do coração, trocou a roupinha *-*
Fala se num ta bonitinho?!? E mais organizado?!?

Uma noticia importante, no mês passado o blog recebeu visitantes da Alemanha, Grécia, Japão, Estados Unidos, Canada, Portugal, Arabia Saudita, França, Taiwan e Coréia do Sul. Estamos ficando bonitos e internacionais há! ;D

Até pensei em fazer alguma promoção pra comemorar, acho que vou pensar em algo e estou aberta a sugestões.


Bem, são duas e dezesseis da manhã, tenho meu capuccino numa xícara de louça azul e um pires combinando, estou lendo um livro e há o barulho da chuva na janela. Esse lado mais intelectual é algo que me agrada muito. Eu poderia estar como alguns amigos, me perdendo, me drogando, e se acabando em festas por ai, mas essa atmosfera silenciosa imaginaria é tão incrivel, é como estar em outros mundos e permanecer no meu sofa com minha xícara de café, porque sim ela é importante e faz parte de toda essa cena que me encanta, não nego minhas doses de tequila me fazem tão bem quanto, mas esse é o lance de se perder, ao qual é importante vez ou outra. Mas entre os silencios, a chuva, os livros, o café, é uma questão de se achar, de estar em sintonia, é um " hey é aqui que eu pertenço ". Eu definitivamente não seria uma pessoa melhor sem meus livros, cadernos e cafés.
Porque quando o mundo é cruel e parece querer te engolir, é preciso de algo pra se agarrar, e toda essa atmosfera literaria silenciosa é o que transforma o que eu era para o que eu sou, e o que eu sou para o que eu vou e poderei ser.
Eu não poderia lê-los se não fosse para aprender algo, tirar uma lição, levar aquilo pra vida e pras ruas, do contrario, seria como ensaiar uma coreografia no escuro. O fato é que eu preciso daquelas paginas impressas tanto quanto preciso de oxigenio, e a bagagem que trago daquelas paginas tem peso incalculavel, e sempre estou precisando de mais, como um viciado precisa de mais uma dose a cada dia pra estar bem, pra manter o equilibrio.
E amanhã eu posso ser e me permitir ser o que eu quiser, porque toda essa atmosfera de conhecimento me proporciona isso. Então hoje eu posso ser só a Suzy e virar mais algumas paginas e terminar o meu café, mas amanhã, bem... quem sabe uma Clarice Lispector, um Shakespeare, ou um Charles Bukowski de saia.


Um beijo de suco de maracuja!

A vista é mais bonita da roda gigante.

Ola mamiferos mutantes. Sumi e estou de volta

Fiquei doente, sem pc, sem emprego, sem crédito e quase sem contato com o namorado, o que é a parte mais dramatica e triste. BUT, I'm here. :D

Eu to ficando com uma preguiça desse blog, como eu fico com preguiça da maioria das coisas e pessoas, sim, eu tenho preguiça delas. Eu me interesso por algo, me empenho ao maximo por aquilo e depois se vai, esqueço por um tempo e depois volto a gostar. A diferença entre a preguiça das coisas e preguiça das pessoas, é que das pessoas eu não volto a gostar, o que dependendo do ponto de vista é algo legal, porque estou sempre reciclando meu seleto e pequeno grupo de contatos temporarios, porem, de qualquer forma é sempre bom manter uns poucos e bons. Pratico muito o desapego, mesmo que seja involuntariamente, o que tbm tecnicamente é bom, por nao me tornar materialista.

Bem, aqui é onde a gente vai pra parte nostalgica, e acreditem, eu adoro isso.

É incrivel o fato de como a vida se transforma e se recicla a cada amanhecer, de como ela puxa o seu tapete ou lhe da um par de calçados novos a cada mudança de lugar dos ponteiros do relogio, ou o modo como é simples o jeito como ela revela toda sua beleza, num fim de tarde de um dia exaustivo e estressante em qe vc se irrita por estar preso no transito e querer chegar logo em casa, e de repente voce sorri porque viu uma criança brincando e correndo toda serelepe na calçada. As pessoas passam a vida correndo, e perdem o sentido de observar, de olhar ao redor, quando o dia lhe acorda sorrindo e lhe mostrando toda sua beleza, ninguem para, pra observar as nuances de cor de um dia amanhecendo, elas olham o quanto tem que correr pelo dia ja estar refletindo e cortando as frestas pela janela. As pessoas correm pra tudo, que muitas vezes esquecem onde devem parar, onde é o ponto de chegada, e muitas não se perguntam " pra quê ". É estranho o modo como as pessoas deixam aquilo que estão em suas mãos, aquilo que elas podem controlar, lhes consumir, e se transformarem em algo maior do que elas.
O pior de tudo é que elas nunca percebem que não importa o quanto voce corra, nao importa o quanto vc se mate por algo, se isso nao puder lhe trazer ao menos um sorriso ao dia, bem, tudo esta indo em vão, nada vale a pena, e tudo perde seu valor.


".. vou voltar para o meu sofá, para minha desonra, miseria e preguiça, muita preguiça. "

Um beijo de sorvete de abacaxi com vinho.

TPM - Tocou, Perguntou, Morreu.

Qual é a dificuldade masculina em entender a porra de uma TPM! Estamos em Tempo Para Matar okay! Queremos Eu te amo's e chocolate. Uma vez por mês o mundo vai ficar do lado avesso, nenhuma roupa vai ficar bem, nossa cara vai mudar no espelho, o cabelo nunca vai ficar bom, queremos nos afundar na cama e não ver ninguem, nenhuma maquiagem vai ser boa o suficiente pra esconder nossa cara de cú, um detalhe do tamanho do testiculo da formiga vai fazer SIM, toda a diferença, todo mundo vai parecer insuportavel, até mesmo nós msm, mas ja somos obrigadas a aguentar tudo isso, aguentar nós mesmas e ainda ter que suportar dores horriveis como se todos os seus orgãos estivessem sendo amarrados e puxados, então porque vocês COMPLICAM mais ? ><'
Até nossa mãe deixa de ser a coisa mais linda do mundo, e ainda tem que usar a porra do absorvente, que não adianta inventarem tanto, qto menor começa a ficar pior, ele se perder la dentro okay?!? Ter que trocar essa merda de hora em hora tbm não é legal, e é nojento! Não bastasse tudo isso, toda a dor da cólica, nos orgãos, os seios ficam doloridos e muito sensiveis, no qual até o sutiã causará irritação, se um sutiã causa irritação, imagine você! Sem contar que a incidencia de espinhas aumentara, sua pele ficara oleosa não importa quantas vezes por dia vc lave o rosto, ainda daria pra fritar um ovo na face. As tendencias a crise de choro aumentaram, até com comerciais de ração de cachorro, porque acreditamos que eles são mais felizes que nós, o emocional estara quase nos saindo do corpo de tão sensivel, e nossa capacidade de gritar, quebrar objetos, xingar, e te mandar embora aumentaram tambem. Atribua a tudo isso uma cachoeira vermelha, gosmenta, e dolorosa, agora aguente isso por uma semana, e depois venha conversar conosco.

O que vcs não conseguem entender sobre isso?
È muito dificil entender que carinho a mais uma semana por mês, é necessario ?